Envelhecimento
Produtivo: Corrida e caminhada de rua como recurso terapêutico
A expectativa média de vida aumentou significativamente no mundo
todo. Uma criança nascida em 1900 apresentava uma expectativa de vida de apenas
46 anos, enquanto que uma criança nascida hoje pode viver mais de 100 anos.
Apesar do maior conhecimento sobre a constituição genética e da melhoria dos
cuidados médicos, poucos parece ter vivido além dos 120 anos(BORGES,2015).
Devemos
pensar que envelhecer não se restringe apenas no avançar da idade, é um
processo que dura a vida toda onde cada fase de nossa vida tem seu próprio
significado. No processo de envelhecimento há possibilidade de crescimento, amadurecimento
e plenitude, a arte da vida consiste em saber viver, em dar vida aos anos que
lhe restam. Para viver com saúde é preciso viver num ambiente saudável, seja de
ordem física, individual, social, e cultural.
O
Brasil tem hoje uma população de 22,9 milhões de idosos, número que vai
triplicar nos próximos 20 anos, chegando a 88,6 milhões (32,9%). No período, a
expectativa de vida deve passar de 75 para 81 anos. Isto, somando ao histórico
de sedentarismo dos brasileiros, deve ter um grande impacto nos sistemas de
saúde e na economia, porque um idoso doente gera custos altos e ainda precisa
de cuidadores, sejam estes profissionais autônomos ou parentes economicamente
ativos. Ninguém com mais de 50 ou 60 anos quer depender do governo, muito menos
da ajuda da família. Então, o desafio é manter-se ativo e saudável, com
autonomia e independência por longo tempo(Borges,2015).
A
atividade física é um dos maiores recursos contra o envelhecimento,
especialmente a corrida de rua que é um esporte que
controla a funcionalidade e ajuda a manter uma qualidade de vida eficaz
favorecendo uma longevidade produtiva. Os idosos sedentários que
realizam apenas atividades de vida diária, estão propensos a uma maior
invalidez, e a diminuição do tempo de vida. Precisamos sair de nossa zona de
conforto e partir para um envelhecimento saudável.
Quando
a prática de atividades físicas é iniciada em uma fase tardia da vida, seja por
sujeitos sedentários, ou portadores de doenças crônicas degenerativas, observa-se
um benefício da fisiologia corporal de tal maneira que favorece o sistema
cardiovascular, diminuindo a pressão arterial (PA)sistêmica, proporcionando
benefícios à saúde(Borges,2015).
Sabe-se
que os exercícios físicos são a melhor forma de manter qualidade de vida, uma vez que mexer-se faz bem para o corpo e pra mente, as
pessoas não precisam dedicar grande quantidade de tempo para que o cérebro se
beneficie, a atividade física regular beneficia muitos órgãos do corpo humano
assim como a atividades realizada regularmente proporciona bem estar
psicológico, reduz a depressão e a ansiedade(BORGES,2015).
Neste sentido, faz-se necessário uma
assistência especializada que possibilite os aspectos funcionais do indivíduo,
adaptando seu ambiente e modificando a forma de realização de suas tarefa, com
objetivo de facilitar as atividades de vida diária, prática de esporte e lazer,
de forma que o idoso possa manter sua vida social, com independência funcional
que lhe assegure uma boa qualidade de vida.
Segundo
Papaléo (2002, p.323) o que distingue a saúde do idoso é a possibilidade de
manutenção de sua autonomia e independência. Daí a importância aumentada de se
estudar e se prevenir a perda de função(...) se as políticas sociais e de saúde
conseguirem promover habilidades funcionais da população idosa e conseguir um
sistema adequado de suporte para ela aumentara erroneamente a chance de uma
velhice saudável, o que significará uma vida com mais qualidade.
Borges(2015)
refere que ao realizar-se exercícios aeróbicos prolongados de baixa intensidade
como as caminhadas, as corridas, o pedalar, nadar entre outros, cuja a duração
seja em períodos de 20 a 30 minutos na frequência de cinco vezes por semana,
apresenta como benefício a diminuição da pressão arterial, e melhora as funções
cerebrais, além de diminuir os níveis de colesterol e as placas de ateromas no
interior das artérias, portanto os exercícios físicos além de melhorar a
qualidade física também são benéficos para manutenção das funções cerebrais.
Para quem ainda não conhece a prática da
ginastica cerebral e não costuma ler, viajar e fazer amigos (atividades que
ativam o cérebro), a primeira dica é fazer uma consulta ao neurologista para
começar a cuidar da saúde do cérebro. A ginástica cerebral é um ponto-chave
para cuidar do seu bem-estar. Trata-se de uma atividade nova, variada e
desafiadora que ativa os neurônios, fortalece as conexões cerebelares, mantendo
as funções cognitivas como: o raciocínio, a atenção a atenção, a concentração,
favorecendo a memória.
As
perdas cognitivas têm um reflexo grande na saúde e na autonomia das pessoas. A
medida que você não exercita o cérebro, você compromete a lucidez. Podemos
listar ainda, entre as consequências do sedentarismo cerebral, um
comprometimento das funções de memória.
Carvalho refere que " O homem ao envelhecer já participou
de uma variedade de papéis sociais, deixando todo o seu legado às futuras
gerações, que deverão procurar melhorara-lo visando o bem estar, e a felicidade
dos indivíduos"(Carvalho et.al,2013, p.69).
O
exercício físico contribui para retardar o envelhecimento, porem deve ser
praticado com cuidado, acompanhamento médico, com avaliação física que aponte
as reais condições do idoso, o estilo de vida entre outros fatores determina a
necessidade das atividades físicas necessárias à melhoria da qualidade de vida.
Sandra Almeida
Terapeuta Ocupacional
Professora do Curso de Terapia Ocupacional da UEPA
Sandra Almeida Marido lindo 65 anos com força e alma de 20,visitem meu blog e descubra os segredos de um envelhecimento produtivo.
ResponderExcluirMarcela Cunha De Lima Maravilhoso Sandra!!!! Apoio total. Eu tb amo corrida.
ResponderExcluirObrigada Marcela esta é a tônica do futuro,lutarmos por uma longevidade produtiva,onde tenhamos autonomia e independência por longo tempo
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