15 coisas que seu médico não vai te contar sobre longevidade
Achei importante reforçar estas regras que podem ajudar no processo de envelhecimento saudável, são dicas importantes que ajudam na melhoria da qualidade de vida de qualquer pessoa, não precisa ser idoso para segui-las.Sandra Almeida
Alimentação balanceada, exercícios regulares, álcool sob controle,
cigarro à distância, muitas horas de sono. Se tudo isso já faz parte da
sua rotina, parabéns: você cumpre alguns dos pré-requisitos para viver
mais. Acontece que há muitos outros: bons hábitos e fatores externos que
são fundamentais para se chegar a uma “melhor idade” digna do nome.
Boa parte dessas novas regras são desdobramentos de estudos que levam
em conta a influência que a sua personalidade e o seu entorno podem ter
na sua longevidade. O principal deles é um estudo da Universidade
Stanford, na Califórnia, iniciado pelo médico Lewis Terman em 1921.
Naquele ano, ele selecionou um grupo de 1 500 crianças para
acompanhá-las durante os anos seguintes. Terman faleceu em 1958, mas
seus assistentes (e os assistentes deles) seguiram acompanhando todo o
grupo durante décadas, na alegria e na tristeza, na riqueza e na
pobreza, até que suas mortes os separassem.
Em 2012, as conclusões foram apresentadas. Os conselhos clássicos de
se manter ativo, bem alimentado e tranquilo continuam valendo, claro.
Mas os pesquisadores chegaram a algumas informações surpreendentes:
trabalhar muito é um caminho para viver muito, otimismo de mais pode ser
prejudicial e a genética não é assim tão determinante para prever seu
futuro.
Conheça essas lições, afinal, o negócio não é só chegar aos 100anos: " é chegar bem", com saúde, autonomia e independência .
1- Nunca, nunca se aposente
Pesquisas que comparam trabalhadores e aposentados da mesma idade
mostram: quem parou está pior. Claro, vai depender da sua rotina. Mas
como sabemos que a poltrona é tentadora, fique esperto. Não precisa
trabalhar muito, nem todo dia – ache um hobby, um curso, um compromisso
regular. E, não, assistir TV não conta como hobby.
2. Passar fio dental faz bem para o coração
O que uma coisa tem a ver com a outra? Acompanhe o raciocínio: se você
não passar fio dental, vai acumular placa bacteriana, que vai causar
gengivite, que vai provocar a liberação de substâncias conhecidas como
químicos da inflamação, que são os vilões por trás de várias doenças
cardíacas. Mas se isso não for argumento suficiente pra você… poxa,
gengiva inflamada, dentes em falta e mau hálito não ajudam ninguém na
terceira idade.
3. Otimismo faz mal à saúde
Enxergar apenas o lado bom das coisas tem seu lado ruim. Pois é: pessoas
otimistas tendem a subestimar riscos – um traço de personalidade que
pode levar de ultrapassagens ousadas a longas ausências no médico. Além
disso, otimismo além da conta deixa você frustrado demais com as
dificuldades da vida. Ou seja: com um pé atrás, você vai mais longe.
4. Socializar é a fonte da juventude
Quanto mais velhos, menos saímos de casa. Lute contra isso: a ciência
garante que conviver com outros é o gatilho de benefícios físicos e
mentais que prolongam a vida.
5. Deus ajuda quem vai à igreja
Fato: quem comparece à missa, culto, centro espírita, sinagoga, terreiro
etc. em geral vive mais. Dilema: religiosos vivem mais porque rezam ou
rezam porque vivem mais? Os dados não permitem concluir se a saúde dos
anciãos é beneficiada pela experiência ou se, na verdade, quem tem
disposição para ritos religiosos são justamente os mais saudáveis. Moral
da história: na dúvida, tenha fé em alguma coisa – nem que seja em
Richard Dawkins.
6. Beba. E não precisa ser tacinha de vinho
Quando o assunto é álcool e longevidade, só se fala em vinho tinto.
Preconceito: vinho branco, cerveja, uísque e outros fermentados e
destilados também podem fazer bem. Há um índice menor de doenças
cardiovasculares relacionado ao consumo diário de até duas doses – e de
apenas uma para mulheres, ponto para os homens! Mas a ALFA e o
Ministério da Saúde advertem: beba com moderação. Passou de duas doses,
já vira problema.
7. Palavras cruzadas salvam vidas
Atividades que exercitam seu cérebro mantêm sua inteligência e prolongam
sua lucidez. Opções não faltam: palavras cruzadas, xadrez, videogame,
sudoku, qual-é-a-música. Detalhe: assim que estiver craque, troque de
treino – seus neurônios só mantêm o frescor enfrentando novos desafios.
8. Mulher: o negócio é imitar
Elas vão mais ao médico, comem melhor, fumam menos, envolvem-se em menos
acidentes e, assim, vivem mais. Então, deixe de frescura: seja mais
feminino.
9. Não fique viúvo. Você não sabe se cuidar sozinho
Não bastasse haver cinco viúvas para cada viúvo no Brasil, elas ainda
vivem muito mais depois de perder seus maridos do que nós após
perdermos a esposa. A verdade é que, sozinhos, tendemos ao caos – o que
aos 30 anos tem seu charme, mas em uma idade avançada é fatal. Então,
não fique solteiro: sua saúde agradece.
10. Pare de se incomodar com bobagem
Mágoa, rancor, ressentimento: se ao ler essa lista você já recorda de
vários exemplos pessoais, calma. Não é por aí. Se cultivados, esses
sentimentos descambam na produção de cortisol, um hormônio que ataca seu
coração, metabolismo e sistema imunológico. Diversos estudos relacionam
uma alta taxa de cortisol a uma morte precoce. Portanto, aprenda a
perdoar, relevar, deixar pra lá. Como dizia o guru indiano Meher Baba:
Don’t worry, be happy – pois é, também achava que vinha daquela música.
11. Não confie nos seus genes
“Meu avô viveu 90 anos, não preciso me preocupar.” Precisa. Uma nova
pesquisa concluiu que apenas 25% da duração da nossa vida podem ser
atribuídos à herança genética; os outros 75% dependem de você. Se quiser
chegar aos 90 como o seu avô, descubra como ele fez para chegar lá.
12. Não tenha amigos legais. Tenha amigos saudáveis
OK, eles não são excludentes. Mas o ponto é: da mesma maneira que, para
ganhar dinheiro, é melhor se cercar de ricos, e para emagrecer convém
conviver com magros, para se ter saúde a receita é arranjar uma turma
saudável – você melhora sem querer querendo.
13. Tenha filhos – ou algo parecido, como cachorros
Caso tenha se ofendido, por favor, volte ao item 10. Pronto. É o
seguinte: possuir uma conexão com alguém mais jovem que você (filho,
enteado, sobrinho, neto) é algo que te mantém interessado pelo mundo à
sua volta – e mais a fim de continuar vivendo nele. E, sim, cachorro e
gato também contam: além de manter você conectado, curtir um animal de
estimação libera ocitocina, o hormônio benéfico liberado na convivência
pais e filhos.
14. Seja bom no que você faz. Ao menos tente
Quanto menos trabalho, melhor. Esse conselho, que parece vindo do
personagem Macunaíma, de Mário de Andrade, foi durante muito tempo
adotado pelos especialistas em longevidade. Acreditava-se que uma vida
sem esforço seria uma vida longa. Mas os médicos observaram que parece
haver uma relação entre longevidade e empenho profissional. Por incrível
e justo que pareça, passar décadas se dedicando e evoluindo em algo que
você valoriza, ou seja, ralando muito, pode lhe valer vários anos a
mais. Ao menos, garantem os especialistas, em comparação com quem passar
o mesmo bocado de tempo trabalhando no que não gosta – essa sim é uma
receita garantida para viver menos e pior.
15. Ser um pouco hipocondríaco vale a pena
Você vai continuar sendo considerado chato pela maioria dos amigos, mas
pesquisas apontam que quem desconfia mais da própria saúde vive mais. No
caso, é melhor prevenir e se remediar.
Matéria publicada na edição de ALFA de fevereiro de 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário