quarta-feira, 22 de maio de 2013

Acesso à internet cresce mais entre os mais idosos




  A população mais velha acessa cada vez mais a internet, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De 2005 a 2011, aumentou em 222,3% o contingente de brasileiros com 50 anos ou mais de idade que entram na internet. Entre as faixas etárias investigadas, foi a que teve maior crescimento relativo no período. Mais 5,6 milhões de pessoas com 50 anos ou mais passaram a acessar a internet nesse período.
 Ainda assim, a camada mais idosa da população é a que, proporcionalmente, menos acessa a rede mundial de computadores. Do total da população com 50 anos ou mais de idade, 18,4% se conectaram, de alguma forma, por meio de microcomputadores ou notebooks, em 2011. Antes, em 2005, tal proporção era de 7,3%. As informações estão no levantamento “Acesso à Internet e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal”, com base em informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2011).
“Para os mais jovens, a adaptação a novas tecnologias é mais natural. Os mais velhos, em geral, demoram mais um pouco. Mas há necessidades para eles, como ter que se adequar ao mercado de trabalho, declarar Imposto de Renda e se conectar a bancos”, comentou Cimar Azeredo, técnico do IBGE responsável pela pesquisa.
Os mais jovens são os que mais acessam a internet. Na camada dos 15 a 17 anos, 74,1% navegaram pela web em 2011. Antes, em 2005, 33,7% da população dessa faixa etária estava conectada na internet. Entre os que tinham 10 a 14 anos, 63,6% tiveram acesso.
Já entre a população de 18 ou 19 anos, 71,8% navegaram pela rede mundial de computadores no ano de 2011 – em 2005, essa proporção era de 32,7%. À medida que a população vai ficando mais velha, o percentual de pessoas que utilizaram a internet em 2011 vai caindo: de 20 a 24 anos (66,4%), dos 25 a 29 anos (60,3%), dos 30 aos 34 anos (53,9%), dos 35 aos 39 anos (48,4%), dos 40 aos 44 anos (41,3%) e dos 45 aos 49 anos (36,8%).
A amostra do IBGE foi feita a partir de entrevistas com cerca de 359 mil pessoas, em 1.100 municípios brasileiros. Nessa análise, o instituto levou em conta apenas o acesso à internet via microcomputadores ou notebooks. A navegação em celulares e tablets não foi levada em conta.
O IBGE constatou também que 46,9% dos homens com dez anos ou mais de idade acessaram a internet em 2011, num total absoluto de 37,7 milhões de pessoas. Entre as mulheres, essa proporção foi de 46,1%, totalizando 40 milhões de pessoas.
De 2005 a 2011, verificou-se um forte crescimento entre as mulheres que se conectaram à rede mundial de computadores, especialmente entre as mais velhas. Em 2005, as mulheres só tinham percentual de participação maior que o dos homens em grupos etários abaixo dos 30 anos. Em 2011, esse perfil mudou, e até mesmo na faixa dos 40 aos 49 anos, a participação relativa de internautas foi igual entre homens e mulheres.
 “Isso é um reflexo do atraso do acesso das mulheres, inclusive no mercado de trabalho. Muitas mulheres mais velhas não entraram no mercado de trabalho, são donas de casa. Isso está mudando, as mulheres mais jovens têm mais escolaridade, e estão cada vez mais inseridas no mercado de trabalho”, argumentou Cimar Azeredo.

Mais uma vez  quero ressaltar a importância das mídias de comunicação na vida de pessoas idosas, são momentos relevantes, que além de estimular o cognitivo, e o motor, também são meios de socialização para quem busca encontrar amigos, ou fazer novos amigo. Concordo com o autor da matéria, acredito que o avanço esteja na entrada das mulheres no mercado de trabalho, e na necessidade da comunicação de uma forma geral.
Sandra Almeida

 

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