Achei a notícia muito
interessante, temos que manter os idosos produtivos, ativos, com
idependência e autonomia por longo tempo, não podemos deixa-los ociosos,
perdendo suas capacidades, precisamos agir incentivando hábitos de vida
sudáveis,com boa alimentação, prática de esporte, integração social,
incentivo à manutenção da convivência intergeracional, estimular à
verbalização, contação de histórias, entre outras atividade que
contribuam para a melhoria da qualidade de vida, amanhã nós seremos os idosos.
Sandra Almeida
A população brasileira está envelhecendo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2025, o país será o sétimo com a maior população de idosos no mundo, com cerca de 32 milhões de pessoas acima dos 60 anos. Em São Paulo, essa faixa etária já ultrapassa 1,3 milhão de pessoas. Daqui a 12 anos, serão quase 2,3 milhões.
A evolução da medicina nos permite viver
mais, podendo curtir a vida, os amigos, a família. Viajar. Ou estudar.
Por outro lado, o doutor Luiz Roberto Ramos, diretor do Centro de
Estudos do Envelhecimento da USP, alerta que a maioria dos idosos tem
baixa condição socioeconômica e educacional; está sujeita a doenças
crônicas e incapacitantes.
Então é preciso cuidado e atenção com
esta população. A dedicação não pode ser apenas das famílias. O poder
público tem responsabilidade com quem sempre pagou impostos e a
previdência social.
O Governo de São Paulo inovou com o
Fundo Estadual do Idoso. É dinheiro dos nossos impostos para assistir
aqueles que vivem a terceira idade hoje, e a todos nós que a viveremos
amanhã. São quase R$ 270 milhões em hospitais, centros de atendimento
médico, laboratórios de análises clínicas, atenção domiciliar e outras
iniciativas, em mais de 100 cidades.
Como secretário das Subprefeituras de
São Paulo, instalei em parques as primeiras academias de ginástica
especiais para este público, reformei o Pólo Cultural do Idoso, no
Cambuci, e criei programação específica para a terceira idade em dez
subprefeituras. Na secretaria de Estado da Cultura, também abrimos
atividades noturnas nas Fábricas de Cultura voltadas aos mais velhos.
Hoje não faltam projetos na
Coordenadoria do Idoso da Secretaria Municipal de Participação e
Parceria. Esperamos que sejam mantidos. E que a prefeitura cuide melhor
das calçadas – que hoje estão intransitáveis -, já que os mais velhos
dependem de um passeio plano e sem obstáculos para se locomover bem.
Deve-se, também, facilitar o acesso gratuito ao transporte público e aos
espaços culturais, garantidos por lei.
As cidades precisam dar espaço ao
envelhecimento ativo: que permita aproveitar o tempo, produzir. Viver
para si e para outros, trabalhando, por exemplo. Nos países europeus há
uma enorme valorização e respeito pela experiência que a idade avançada
proporciona às pessoas. Por isso, lá existem várias funções em que são
empregados preferencialmente idosos. Todos nós devemos pensar mais no
futuro, pois é nele que passaremos boa parte de nossas vidas.
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