Entre
avós e netos – convívio e afeto
Um a
iniciativa muito boa, é a interação entre avós e netos, desenvolvido pela
escola paulistana Carandá Viva Vida Educação, no primeiro semestre de 2013, onde
o projeto aponta as possibilidades
temáticas e as implicações sociais nele contidas.
A dinâmica teve início com o
convite aos avós para visitarem a turma da qual seu neto fazia parte, e relatar
fatos vividos por eles no tempo da escola, as brincadeiras, e as
características da sua época no que se refere aos hábitos e costumes, a
diferença entre campo e cidade, como se vivia em termos de habitação, o que
ainda não existia do que as crianças conhecem hoje, como celular, computador,
etc. e ser por elas questionados.
A cada
semana o avô, avó (ou ambos) estiveram com as crianças na partilha dos relatos
tendo como elemento motivador fotos ou objetos autobiográficos, brinquedos e
brincadeiras, relatos sobre como era o cinema e o rádio.As atividades contaram
com a participação de 49 crianças e seus avós, com duração de um semestre em
encontros de 40 minutos semanais, mediados pela professora responsável.
Os relatos foram anotados por elas e,
posteriormente, analisados com as crianças mostrando as diferenças entre falar
e escrever, e reforçando as matrizes identitárias das crianças e suas famílias,
nos tempos e espaços vividos pelas diferentes gerações.O material resultante
dessas atividades, com a colaboração efetiva das crianças, incluindo as
ilustrações, foi editado como um pequeno livro, entregue em encontro festivo
que reuniu os avós participantes e seus netos - momento de partilha das emoções
e alegrias vividas e registradas.
A excelente repercussão da atividade motivou o Centro de Estudos Madalena Freire a promover uma
“Conversa entre Avós” no compartilhar sentimentos, fazer observações, e sugerir
outras possibilidades para continuidade desse trabalho de integração. O Centro
de Estudos foi criado pela própria escola, a fim de pensar sua ação, produzir
conhecimento sobre o educar e a educação. Assim, “os profissionais que nela
trabalham são chamados sistematicamente a estudar e avaliar sua prática à luz
das teorias existentes, mantendo interlocução constante com experiências que
possibilitem a atualização permanente de seu olhar e de seu fazer”.
No dia 26
de novembro foi realizado o encontro que reuniu 24 avós para uma conversa
mediada por Stela Brandão Cury e Ana Cristina Dunker (diretoras da escola) e
Vera Brandão (estudiosa das questões do envelhecimento e longevidade).
Durante 2
horas a conversa transcorreu livre e descontraída e, além do relato das emoções
e aprendizagens resultantes da atividade com as crianças, outros assuntos
pertinentes à vivência desta fase do ciclo de vida surgiram em interessantes
reflexões.
Dos sentimentos partilhados no grupo dos avós um
foi unânime: emoção! Muitos se sentiram avós do grupo, pelo carinho,
interesse e alegria demonstrados durante e após as narrativas.A afirmação de um
dos avós reforça o desejo e esperança da escola, espaço nobre na formação de
valores, em seu papel social em prol de um longeviver solidário e
participativo: “Otimismo, em saber que ainda existem escolas como esta que
tentam resgatar o passado sem ficar no saudosismo, mas resgatando as origens e
a história”.
Como duas horas do encontro nos pareceram pouco,
nosso espaço de comunicação aqui também é finito.Grande foi a experiência de
partilha das emoções, os sorrisos, as reflexões, as trocas de opiniões, o
sentimento de pertença e a certeza de um lugar para concretização de projetos
que alimentem e impulsionem o papel formador e transformador da escola.
Façamos parte dessa mudança! Que venham novos
encontros!
Última modificação em Terça, 07 Outubro 2014
Porque não valorizar a experiências dos idosos, junto aos mais novos?Quem sabe ai não está o segredo da longevidade, do amor, do respeito aos mais velhos e a mudança de comportamento que o mundo tanto necessita.
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