Li esta matéria em reabilitaçãocognitiva.org,
achei importante relembrar aqui a importância da atividade cognitiva
para o idoso, seja com diagnostico de Alzheimer, com declínio cognitivo,
ou como prevenção dos processos demenciais, são atividades importantes
que irão ajudar a retardar acontecimentos que prejudicam a relação, interferem no dia a dia do cuidador, da família, e do paciente.
Sandra Almeida
A matéria inicia fazendo referencia a importantes das atividades usando Livros, Jornais, e Revistas, como
recursos durante as atividades.
É uma atividade que estimula as habilidades cognitivas relacionadas a leitura, afinal para essa atividade aparentemente simples tudo começa com o reconhecimento de letras, sílabas e palavras, até o processamento de frases e parágrafos, chegando na compreensão do texto.
Usando a leitura, pode estimular o conhecimento prévio do leitor sobre o assunto lido, estimulando a linguagem e a memoria. Habilidades de compreensão e raciocínio são necessários para a interpretação do texto. Sendo assim, o paciente pode ser capaz de atingir esse nível de processamento da informação.
É uma atividade que estimula as habilidades cognitivas relacionadas a leitura, afinal para essa atividade aparentemente simples tudo começa com o reconhecimento de letras, sílabas e palavras, até o processamento de frases e parágrafos, chegando na compreensão do texto.
Usando a leitura, pode estimular o conhecimento prévio do leitor sobre o assunto lido, estimulando a linguagem e a memoria. Habilidades de compreensão e raciocínio são necessários para a interpretação do texto. Sendo assim, o paciente pode ser capaz de atingir esse nível de processamento da informação.
Curiosidade:
Algumas estratégias podem ser necessárias para se atingir um desempenho eficaz do paciente durante a leitura:
- Uso de régua( Fig. à cima). A régua pode
ser importante para direcionar a atenção do paciente ao texto e
orientá-lo quanto a sequência da frase. As réguas recomendadas são as
opacas, pois as transparentes podem não “isolar” completamente o texto a
ser lido.
- Uso de marcador de texto. Os
famosos marcadores de texto também podem ser usados na estratégia de
isolar o trecho do texto a ser lido ou o começo e o fim do texto.
Ainda sobre a leitura, podemos usar os
jornais e revistas para orientação temporal e espacial. Lembrem-se que
no topo do jornal ou na borda da capa da revista sempre temos a
data/período.
Dica: revista que conheço e gosto muito
pelos textos é “Vida Simples”. Os textos são atemporais e dão pano para
manga quando o assunto é interpretação.
- Ouvir música:
A
“musicoterapia” é uma
ferramenta terapêutica de grande valia. E, quando o assunto é
estimulação cognitiva, não poderíamos deixá-la de fora.
A música pode ser relaxante para o paciente, ou seja, nos momentos de agitação, é uma excelente ferramenta
para o cuidador quando ele quer mudanças de humor no paciente. Como
recurso de estimulação pode-se usar a música pedindo que bata palmas, assoviar ou bater os pés, sendo uma forma de “perceber” o
corpo e de estimular o ritmo.
A memória musical também pode ser
estimulada, sabemos que todos temos músicas significativas e quando o
cuidador sabe quais músicas são significativas (ou da época do paciente)
pode desencadear lembranças que podem ser tema de conversas entre o
cuidador e paciente. Além de falar sobre as lembranças, também faz
parte da estimulação cognitiva, pedir ao paciente para cantar. Cantar é
algo que até pessoas em estados avançados de demência podem fazer, é um momento que ira ser trabalhado a verbalização.
Aliás, usar a música nesses estágios avançados de demência pode trazer à
realidade pessoas que passam a maior parte do tempo distantes e alheias
à realidade.
- Ver fotografias:
Ter fotografias significativas
emolduradas pela casa é ter um recurso útil para quem cuida. Fotos
emolduradas e álbuns de fotografia podem ser constantemente utilizados
pelo cuidador para estimular a memória do paciente. O reconhecimento de
faces, de lugares e de situações pode ser conseguido por meio da
fotografia. Discutir lembranças é uma estratégia que até hoje se usa na
“terapia de reminiscências” que consiste em usar fotografias, objetos
familiares e músicas para obter benefícios cognitivos e comportamentais.
Fazer uso desses recursos com frequência pode ser bastante positivo
para os pacientes.
- Estimular o uso objetos familiares:
Manter objetos familiares à vista do paciente é uma ação que deve ser desenvolvida pelo cuidador. Esses
objetos ajudam o paciente a se orientar, o que diminui o risco
de confusão e agitação, mas também trazem lembranças importantes.
Aliás, a diminuição da confusão deve-se a essa “lembrança”.
Permitir (desde que não comprometa a
segurança) e estimular a manipulação de objetos familiares pode ser
crucial para manter o paciente ativo durante mais tempo. Se ele é capaz
de pentear os cabelos, mesmo precisando de supervisão ou que o cuidador
ao final precise refazer, é importante para manter a memória de como
realizar as atividades. Se ele é capaz de “arrumar”a gaveta, que seja
estimulado para tal. Isso deve ser visto não somente como estratégia
para preservar as memórias como também atitude positiva para o
sentimento de auto-eficácia.
Sendo assim, percebe-se que deve fazer
parte da rotina de estimulação manter o paciente ativo em atividades que
são conhecidas por ele.
PROCURE MANTER O PACIENTE TÃO INDEPENDENTE O QUANTO FOR POSSÍVEL
- Estimular o contato do cliente com amigos e parentes
O cuidador vai ser a pessoa que mais
tempo passa com o paciente e, portanto, a pessoa que mais o conhece em
termos de habilidades e limitações. Faz parte da progressão da demência
de Alzheimer, assim como outras demências, o distanciamento social do paciente, pois as habilidades necessárias para socialização vão sendo
comprometidas.
Manter o máximo possível o convívio
social é importante também do ponto de vista cognitivo. Socializar é uma
oportunidade de usar as habilidades cognitivas. Quando estamos diante
de um caso com algumas limitações que prejudicam a socialização, é
necessário que o cuidador seja o intermediário dessa relação. Funcione
como uma espécie de “tradutor” para o paciente. O cuidador não somente
vai “traduzir” a conversa, mas também vai orientar aos parentes e amigos
como deve ser feito.
- Oferecer oportunidades de atividade física:
Engana-se quem acha que a pessoa com
Alzheimer não pode fazer atividade física. Ela tanto pode quanto deve.
Os exercícios físicos fazem parte de uma rotina com estímulos.
A atividade pode ser uma excelente
oportunidade para estimular o paciente do ponto de vista cognitivo,
pedindo que ele volte sua atenção e tenha informações do local onde mora (“Olhe a
frente da sua casa como é bonita” ”Sua casa era assim quando você veio
morar nela? ” etc.). E, além de ser a oportunidade de estimulação, a
atividade física contribui para a redução de placas amilóides (causa do
Alzheimer).
Essas atividades citadas, devem fazer parte da rotina da pessoa com Alzheimer. Aliás, rotina é importantíssimo para esses casos, ajuda a orientar. O cuidador deve Sentar-se com o terapeuta ocupacional e planejar com ele a rotina do cliente de acordo com a quantidade de estimulação necessária.
Atividades que antes faziam parte da
vida do cliente e eram significativas, como ir à missa, rezar o terço ou
dançar (dentre tantas outras) devem, se possível, ser incorporadas
nessa rotina de estimulação. Familiares serão valiosas fontes de
informações sobre atividades e interesses do cliente, não hesite em
procurá-los.
Não esqueça que para realização de qualquer atividade é necessário o máximo de segurança possível. Nada de situações que possam representar riscos, seja para o paciente ou até para o próprio cuidador.
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